O auditório da Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de Marechal Cândido Rondon (Acimacar) foi palco, na manhã de hoje (15), de palestra de sensibilização sobre o Observatório Social. Já implantado em outras cidades, como Maringá, Cascavel, Toledo e agora em Foz do Iguaçu, a iniciativa trata-se de um organismo que tem como objetivo atuar como instrumento na busca da transparência na administração dos recursos públicos, sejam eles municipais, estaduais ou federais, através do monitoramento das contas dos poderes Executivo e Legislativo.
Estiveram presentes no evento a presidente da Acimacar, Ana Carolina Seyboth Kurtz, e demais diretores, ex-presidentes e sócios fundadores, integrantes da Família Rotária, do Lions Club, JCI, da Caciopar, do Conselho da Mulher Empresária e do Conselho do Jovem Empreendedor, da Amparo, Faciap, Loja Maçônica Quintino Bocaiúva, Sindicomar, Prefeitura de Marechal Rondon, demais associações rondonenses e das associações comerciais de Entre Rios do Oeste e Quatro Pontes.
O programa foi apresentado pelo voluntário do Instituto de Cidadania Fiscal, consultor na área de gestão estratégica e vice-presidente da Associação Comercial de Maringá para assuntos de Meio Ambiente, Sir Carvalho. A iniciativa visa estimular a participação da sociedade civil organizada no processo de avaliação da gestão dos recursos públicos, visando defender e reivindicar a austeridade necessária na sua aplicação, dentro de princípios éticos com vistas à paz e à justiça social, dentre outros.
Na oportunidade, Carvalho fez uma explanação sobre os resultados já obtidos nestes três anos de atuação do Observatório Social de Maringá, com o qual foi possível gerar uma economia de cerca de R$ 9 milhões aos cofres públicos do município. No entanto, ele diz que no início houve uma certa resistência por parte do Poder Público.
“Tudo o que a sociedade precisa enfrentar como novo paradigma causa um pouco de resistência. Mas como havia uma capilaridade muito grande de diversas entidades participantes, até eu diria que foi tranqüilo (a implantação). O prefeito local entendeu e passou a dar apoio, então o programa passou a caminhar bem. Estamos trabalhando hoje para ampliar a rede para todo o Brasil”, afirma.

Marechal Rondon
Em Marechal Rondon, quem está encabeçando esta idéia é a própria Acimacar. Segundo a dirigente da entidade, Ana Carolina Seyboth Kurtz, era preciso medir com a sociedade civil organizada se haveria interesse nesta mobilização do Observatório Social. “Pudemos observar após a palestra de Sir Carvalho que a maioria das pessoas presentes concorda que seja possível a implantação do programa como um meio de aproximação com a gestão pública, de ganhos para o município, de ajuda mútua em que todos podem sentir os reflexos positivos desta ação. Agora os próximos passos serão angariar as pessoas que comporão o Observatório Social, elaborar o estatuto, as diretrizes e as condutas e implantarmos o programa”, destaca.
Ela lembra ainda que tem como meta implantar o programa ainda em sua gestão, que se encerra no dia 31 de março de 2010.


Em 2 meses, houve uma economia de R$ 335 mil em Toledo

Em Toledo, o Observatório Social foi implantado no final do ano passado, mas somente a partir do dia 15 de fevereiro último é que começou definitivamente a operar. Em abril, foi fechado o primeiro relatório quadrimestral e os resultados já foram visíveis. A informação é do presidente do programa no município, Hermes Inácio.
“Houve uma redução dos valores em que a prefeitura adquiriu produtos. No nosso primeiro relatório fechamos com uma economia de R$ 335 mil, ou seja, do recurso que foi destinado para a licitação e o que foi realmente foi comprado houve uma redução de 16% nos custos. Isso em 37 licitações. Neste período de quatro meses ocorreram 250 licitações em Toledo. Com a atuação cada vez mais forte, com a ampliação deste trabalho, com certeza vamos conseguir melhorar ainda mais o processo”, analisa.

Legenda: O voluntário do Instituto de Cidadania Fiscal, Sir Carvalho, fez uma explanação sobre o Observatório Social: em três anos, foi possível uma economia de R$ 9 milhões aos cofres públicos de Maringá

Crédito: Maria Cristina Kunzler